A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão de Fernando Sastre, motorista do Porsche envolvido em um acidente fatal em São Paulo. O empresário estava a mais de 100 km/h quando provocou o acidente, resultando na morte de um homem e ferimentos em seu amigo. Por unanimidade, os ministros rejeitaram um pedido de liberdade feito pela defesa, concordando com a relatora Daniela Teixeira de que a medida era necessária para garantir a investigação, pois o réu teria violado restrições judiciais e tentado obstruir a apuração.
A prisão preventiva de Fernando Sastre foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo devido ao risco de atrapalhar as investigações e de fuga. O réu é acusado de homicídio com dolo eventual e lesão corporal gravíssima, por dirigir o Porsche a mais de 150 km/h no momento do acidente. A defesa alega que a prisão é uma antecipação de pena e critica a postura da imprensa, enquanto a Procuradoria-Geral da República defende a manutenção da medida. Após o julgamento, a defesa afirmou que irá avaliar quais recursos são cabíveis diante do veredicto.
O subprocurador Luciano Mariz Maia destacou a postura de Fernando Sastre, que teria demonstrado menosprezo pela justiça ao não colaborar com a investigação e confrontá-la, além de evadir-se de seu domicílio. A defesa do réu alega que ele não estava foragido e está sofrendo ameaças, pedindo a revogação da prisão. Ainda há pontos a serem esclarecidos no caso, e a defesa pretende analisar quais medidas serão tomadas em relação ao desfecho do processo.