Em reunião secreta, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas convocou o ex-árbitro de futebol Glauber do Amaral Cunha para prestar informações sobre suspeitas de manipulação em resultados de partidas. O senador Carlos Portinho, do PL-RJ, solicitou a sessão secreta visando proteger a integridade das investigações em andamento, argumentando que a sensibilidade das informações requer medidas especiais para garantir a cooperação do depoente e a preservação da confidencialidade necessária.
Durante a reunião, Cunha é suspeito de ter cobrado propina após supostamente interferir no resultado de um jogo de divisão inferior do campeonato carioca. A convocação do ex-árbitro se deu a partir de citações feitas pelo empresário John Textor, sócio majoritário do Botafogo, que apresentou à CPI um áudio no qual Cunha admite ter marcado um pênalti duvidoso em uma partida. A sessão secreta foi considerada essencial para proporcionar um ambiente seguro no qual o depoente pudesse compartilhar detalhes cruciais sem receio de represálias ou comprometimento de sua segurança pessoal ou profissional.
O senador Portinho defende que a confidencialidade é fundamental para garantir a cooperação total do depoente e preservar a integridade do processo de investigação. A medida visa assegurar que as informações compartilhadas durante a oitiva sejam protegidas adequadamente e que o depoente se sinta confortável para colaborar com as investigações em curso, visando esclarecer suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro.