Representantes de entidades como Funai, Ministério da Saúde e dos Povos Indígenas concordam com a necessidade de regulamentar as profissões de agente indígena de saúde e de agente indígena de saneamento. Com mais de 4 mil agentes de saúde e 2,5 mil agentes de saneamento em atividade, a população atendida chega a 770 mil pessoas. Criadas na década de 80 para suprir a falta de profissionais nas áreas indígenas, essas categorias profissionais exigem dedicação exclusiva e conhecimento profundo das comunidades atendidas.
A regulamentação, esperada ainda no atual governo, busca valorizar e estabilizar os agentes indígenas, fundamentais para a saúde das comunidades. Com a necessidade de dominar a língua da comunidade, conhecer os costumes e a saúde indígena, os profissionais atuam de forma única e essencial nos territórios, sem horários fixos de trabalho. A secretária nacional de articulação e promoção dos direitos indígenas destaca a importância da regulamentação para garantir melhores condições de trabalho e reconhecimento dos agentes.
O reconhecimento dos agentes indígenas como categorias profissionais é visto como um passo importante para consolidar a atuação desses profissionais. Com a busca por melhores condições de trabalho, remuneração e direitos trabalhistas, a regulamentação visa equiparar o salário dos agentes indígenas com o dos agentes comunitários de saúde. A expectativa é que as contribuições recebidas durante a audiência pública auxiliem na elaboração do parecer e na concretização dessa importante medida para a valorização e reconhecimento dos agentes indígenas de saúde e saneamento.