Um recente levantamento da empresa Palver revelou que as críticas ao governo federal superaram as dirigidas à gestão gaúcha em meio à tragédia no Rio Grande do Sul. Entre os conteúdos desinformativos mais compartilhados, destacou-se a falsa alegação de que a Secretaria da Fazenda do estado teria impedido a entrada de doações devido à falta de notas fiscais, desmentida posteriormente pelo governo local. Além disso, foram identificados ataques homofóbicos ao governador Eduardo Leite em vídeos disseminados em redes sociais.
A desinformação atingiu um grande público, com mais de 39 mil visualizações de conteúdos falsos, incluindo mensagens que propagavam calúnias sobre autoridades e distorciam a realidade da tragédia. Diante disso, integrantes do governo federal decidiram criar uma sala de situação para monitorar e combater a disseminação de fake news, contando com a atuação da Advocacia-Geral da União, Polícia Federal e Secretaria Nacional do Consumidor em uma força-tarefa. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a propagação de informações falsas sobre as enchentes no estado.
O cenário também evidenciou a presença de desinformação em torno do presidente Lula, cujas menções superaram, em alguns dias, as postagens relacionadas a doações e ao sistema de transferências Pix para as vítimas das enchentes. A necessidade de enfrentar a disseminação de fake news e combater a desinformação se tornou uma prioridade diante do impacto negativo que essas informações distorcidas podem ter na gestão da crise e na percepção pública dos eventos no Rio Grande do Sul.