O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, anunciou a possibilidade de receber armas nucleares no território sueco em caso de guerra, em meio a debates sobre um Acordo de Cooperação em Defesa com os Estados Unidos. Apesar de iniciativas pacifistas pedirem garantias por escrito de que a Suécia não permitirá armas nucleares em seu solo, o governo argumenta que tal restrição não seria necessária em tempos de paz devido ao consenso nacional e a uma proibição parlamentar. Contudo, Kristersson enfatizou que em um contexto bélico a situação seria distinta, ressaltando a importância da defesa dos países democráticos contra ameaças nucleares.
As recentes ações da Suécia, como tornar-se membro da Otan em março, refletem a preocupação com a invasão russa à Ucrânia e as implicações regionais do conflito. O governo sueco destacou que a decisão de permitir armas nucleares em seu território seria soberana e não estaria sujeita a pressões externas, afirmando que Estocolmo decide sobre o território sueco. A possibilidade de cooperação em defesa com os EUA, incluindo acesso a bases militares suecas, levanta questões sobre a segurança nacional e a postura da Suécia em meio a cenários de conflito armado.
Diante da mudança de postura da Suécia em relação à neutralidade, a abertura para a presença de armas nucleares em caso de guerra marca um novo capítulo na política de defesa do país. O debate em torno do Acordo de Cooperação em Defesa com os EUA evidencia as complexidades e desafios enfrentados pela Suécia em um contexto geopolítico cada vez mais tenso, onde a segurança nacional e a defesa contra ameaças externas ocupam lugar de destaque nas discussões governamentais e na sociedade civil.