O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata de sua última reunião, revelando uma divisão entre os diretores do Banco Central em relação ao ritmo de corte da taxa de juros. Enquanto quatro diretores indicados pelo presidente Lula defendiam um corte maior, de 0,5 ponto percentual, os mais antigos e o presidente do BC optaram por uma redução menor, causando impacto negativo no mercado financeiro, com queda na bolsa de valores e aumento do dólar e dos juros futuros.
Os diretores favoráveis a um corte mais expressivo argumentaram que as incertezas internas e externas na economia brasileira justificavam seguir o guidance previamente indicado pelo Copom, mesmo diante de um cenário em mudança. Eles ressaltaram a importância de manter o compromisso com a meta de inflação e a taxa de juros necessária para alcançar esse objetivo, destacando a necessidade de não enfraquecer as comunicações formais do Comitê.
Diante da dificuldade de prever a dinâmica da inflação em um ambiente incerto, os diretores favoráveis ao corte maior reiteraram a importância de seguir o guidance para garantir a convergência da inflação para a meta estabelecida. A divergência de opiniões no Copom reflete preocupações sobre a condução futura da política monetária, especialmente com a perspectiva de uma maioria indicada pelo presidente Lula a partir de 2026 e seus possíveis impactos na busca por um maior crescimento econômico.