A Justiça condenou o pré-candidato a vereador de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, e seu irmão, o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima, juntamente com duas outras pessoas, por envolvimento em negociações fraudulentas que resultaram em prejuízos que ultrapassaram R$ 50 milhões. A pena estabelecida foi de três anos de prisão para cada um dos condenados, em decorrência da operação Castelo de Areia, que investigou crimes de estelionato praticados por uma organização criminosa. O juiz responsável pela decisão destacou que os acusados enganavam vítimas ao oferecer empréstimos vantajosos com remuneração abaixo da média de mercado.
Na mesma linha, João Emanuel Moreira Lima já havia sido condenado, em 2016, a 18 anos de prisão por desvio de dinheiro público, no âmbito da operação Aprendiz. Essa condenação resultou da investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que também levou à condenação do ex-deputado estadual Maksuês Leite e de mais três pessoas, incluindo ex-funcionários da Câmara. O histórico de condutas criminosas do pré-candidato e sua participação em golpes milionários lançam luz sobre sua atuação ilícita no cenário político e financeiro de Cuiabá.
As investigações identificaram sete vítimas dos golpes perpetrados pela organização criminosa envolvendo João Emanuel e seu irmão. O magistrado enfatizou que os acusados buscavam obter dinheiro de forma fácil e ilegal, sem um trabalho digno, evidenciando a gravidade dos crimes cometidos. O contexto das condenações lança um alerta sobre a importância de combater a corrupção e a criminalidade no ambiente político e empresarial, ressaltando a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades para proteger a sociedade contra práticas fraudulentas e lesivas ao erário público.