Cinco guardas municipais de Maringá foram indiciados por tortura e lesão corporal contra 12 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade dentro de um abrigo mantido com recursos da prefeitura. O caso, investigado pela delegada Karen Friedrich do Nucria, ocorreu em março e culminou no afastamento dos servidores de suas funções. Além dos guardas, uma educadora do abrigo também foi indiciada por ter acionado a Guarda Municipal durante uma confusão, mas omitido as agressões que se seguiram, sendo todos proibidos de se aproximarem das vítimas pela Justiça.
A investigação revelou que os jovens agredidos apresentavam sinais de violência física durante interrogatório e exame de corpo de delito, contrastando com a negação das agressões por parte dos servidores. A educadora, que afirmou ter sentido o cheiro do spray de pimenta utilizado, foi criticada por não acionar socorro médico quando os adolescentes passaram mal. A prefeitura de Maringá repudiou veementemente os atos de violência e destacou que os abrigados não possuíam envolvimento com infrações criminais, sendo vítimas de abuso por parte dos agentes.
O inquérito, concluído recentemente, foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná para as devidas providências legais. Mais detalhes sobre o caso podem surgir à medida que a investigação avança, mas até o momento a denúncia de tortura e lesão contra adolescentes indefesos no abrigo municipal choca a comunidade de Maringá e levanta questões sobre a conduta dos agentes públicos encarregados de proteger os jovens em situação de vulnerabilidade.