As recentes enchentes no Rio Grande do Sul resultaram em 151 mortes confirmadas pela Defesa Civil, com 104 pessoas ainda desaparecidas. A cidade de Porto Alegre enfrentou fortes chuvas, porém o nível do Guaíba começou a diminuir, ficando abaixo dos 5 metros pela primeira vez desde segunda-feira, registrando 4,84 metros na última medição. Apesar da redução de 28 centímetros em um dia, o rio ainda permanece acima da cota de inundação de 3 metros.
Hospitais em diversas regiões do estado foram afetados, com 10 suspendendo o atendimento e 2 permanecendo fechados, incluindo o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, devido ao alagamento do bairro. Para suprir a demanda, sete hospitais de campanha foram montados, atendendo mais de 1.560 pacientes até o momento, em uma ação conjunta do SUS, Exército, Aeronáutica e Marinha. A prefeitura anunciou a abertura de dois novos hospitais de campanha para as próximas semanas, visando intensificar o suporte à população afetada pelas enchentes.
Enquanto a cidade de Canoas enfrenta a submersão de 70 mil residências e a perda de um dos três hospitais, autoridades se preocupam com a propagação de doenças respiratórias nos abrigos, devido ao frio e à aglomeração. A solidariedade se faz presente, com a instalação de barreiras de contenção para proteger botijões de gás, e a suspensão temporária da coleta de roupas pelos Correios, que solicitam prioridade para outros itens em doações destinadas ao Rio Grande do Sul.