Após 12 horas de julgamento, o ex-subtenente Alexandre David Zanete, acusado de envolvimento no assassinato de Murilo Henrique Junqueira durante uma abordagem em Ourinhos (SP), foi absolvido pelo júri popular sob a alegação de legítima defesa. O caso, que ocorreu em setembro de 2021, envolveu a morte do procurado pela Justiça a tiros, registrado por câmeras de segurança. Mesmo expulsos da corporação em 2022, somente Alexandre foi denunciado por homicídio qualificado, enquanto o outro policial envolvido teve sua prisão revogada.
O julgamento, realizado no Fórum de Ourinhos, contou com cinco mulheres e dois homens no júri popular, que decidiram pela absolvição após ouvirem testemunhas de acusação e defesa, incluindo o delegado responsável pela investigação e a esposa da vítima. O vídeo da abordagem mostrou Murilo se entregando sem resistência, sendo baleado pelos policiais. Embora os PMs tenham alegado legítima defesa, a análise da Polícia Civil indicou que não houve confronto, levando à prisão temporária dos policiais durante a investigação, posteriormente revogada.
Em março de 2022, a Justiça concedeu liberdade provisória a Alexandre, considerando o fim da instrução processual e seus bons antecedentes criminais, impondo condições como comparecimento mensal em juízo e proibição de contato com testemunhas. O outro policial teve sua prisão revogada pela Justiça, que não viu mais necessidade de mantê-lo em reclusão. O desfecho do caso gerou controvérsia e debates sobre a atuação policial e o sistema de justiça em casos de confrontos armados.