A Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília, em São Paulo, está investigando denúncias de assédio sexual e moral feitas por alunos contra um professor do curso de Relações Internacionais. Cartazes com supostas frases ofensivas e de conotação sexual atribuídas ao docente foram expostos no campus, levando o Centro Acadêmico a entregar um documento à ouvidoria da instituição com 44 denúncias. Entre as acusações, estão práticas questionáveis, inadequadas e até incitantes de crimes, gerando um ambiente de aprendizado desrespeitoso e sem dignidade.
Os relatos incluem palavras ofensivas, comentários com teor sexual e desrespeitosos, além de relatos de transfobia, xenofobia, racismo e misoginia durante as aulas. Alunos afirmam que o professor fazia declarações como “só quando a mulher tira a calcinha, você descobre se ela é porca ou não” e expressões discriminatórias contra africanos, latinos e mulheres. A Unesp confirmou ter recebido as denúncias, encaminhando-as para análise jurídica e ressaltando que todas as acusações de assédio são investigadas e os responsáveis devidamente punidos, sem mencionar prazos para a conclusão da investigação ou afastamento do docente.
Apesar da retirada dos cartazes do campus, a polícia não registrou boletim de ocorrência sobre o caso até o momento. Alunos, temendo represálias, relatam o clima de medo instaurado pelo professor. A Unesp não divulgou se o docente será afastado de suas funções pedagógicas durante a investigação. A instituição reforça seu compromisso em apurar as denúncias e tomar as medidas necessárias em casos de comprovação de condutas inadequadas.