O Tribunal do Júri de Cantagalo, no Paraná, condenou um homem de 44 anos a 13 anos de prisão por agredir sua companheira com choques elétricos, socos e chutes na barriga, resultando no aborto de uma gestação de seis meses. Em um ciclo de violência doméstica, o agressor, identificado como Dolizete Lopes, também tentou provocar um segundo aborto quatro meses depois, atirando contra a barriga da vítima. Apesar do bebê ter sobrevivido, a mulher ficou gravemente ferida.
A sentença destacou a gravidade do crime, considerando como agravantes o emprego de meio cruel, a convivência do réu com a vítima, a presença de uma criança durante o crime e suas consequências. Além disso, a vítima relatou ter mudado de cidade devido ao medo do agressor e aos prejuízos emocionais sofridos, incapaz de iniciar um novo relacionamento devido aos traumas psicológicos. O caso reforça a importância de condenações como essa para interromper o ciclo de violência doméstica e conscientizar a sociedade sobre a necessidade de combatê-la.
O promotor Tharik Diogo ressaltou a frequente reincidência de vítimas de violência doméstica ao retornarem ao convívio com os agressores, evidenciando a complexidade desse problema. A condenação de Dolizete Lopes não apenas representa um marco para as vítimas que buscam encerrar esse ciclo de violência, mas também alerta para a urgência de prevenir e combater a violência doméstica em todas as suas formas, visando proteger a integridade e a vida das mulheres.