O ex-deputado estadual José Alves Cavalcante, conhecido como Pastor Cavalcante, está sob suspeita de participar de um esquema de rachadinhas e desvio de valores da Convenção dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Sul do Maranhão. O Tribunal de Justiça do Maranhão determinou a suspensão liminar das investigações do Ministério Público, que resultaram em mandados de busca e apreensão contra o ex-parlamentar. A decisão visa garantir o direito do ex-deputado de ser julgado pelo juiz natural da causa.
O Ministério Público do Maranhão fundamentou suas medidas cautelares com base em indícios de lavagem de dinheiro e apropriação indébita de valores na gerência da Comadesma, envolvendo o ex-deputado e outras seis pessoas. As investigações apontaram movimentações financeiras suspeitas ligadas a rachadinhas praticadas no gabinete do então deputado Pastor Cavalcante. O MP-MA solicitou o afastamento dos investigados do comando da Comadesma, visando preservar a entidade e seus integrantes de possíveis atividades ilegais.
A suspensão das investigações até o julgamento do pedido de habeas corpus feito pela defesa do Pastor Cavalcante levantou questões sobre a competência do juízo, os prazos das investigações e a legalidade das ações do Ministério Público. O MP-MA enfatiza que sua atuação visa defender o patrimônio público e a probidade administrativa, negando qualquer perseguição baseada em orientações religiosas. A liminar concedida pelo desembargador suspende as investigações, mas não emite julgamento quanto ao mérito das acusações, aguardando a decisão final da Justiça.