Eleito senador pelo Rio de Janeiro, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) disse hoje (8) que seu pai, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), passará por uma avaliação médica nos próximos dias que definirá como será a atuação dele no segundo turno da campanha.
Vítima de uma facada no dia 6 de setembro, quando fazia campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, Bolsonaro continua a receber cuidados médicos e deve permanecer em casa até ser liberado pelos profissionais. Flávio disse que uma nova perícia será feita, talvez amanhã (9) ou depois de amanhã (10), ou nos próximos dias.
O próximo fator importante é essa perícia dos médicos, que vão dizer até onde ele pode ir e até onde não pode ir. Mas ele quer sair, disse Flávio Bolsonaro. Ele acrescentou que a participação do candidato em debates também depende dessa avaliação.
Flávio Bolsonaro concedeu entrevista à imprensa do lado de fora do condomínio em que seu pai mora, na Praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. O deputado afirmou que a estratégia de campanha para o segundo turno será fortalecer lideranças estaduais e apostar nas redes sociais.
Sobre o Nordeste, única região do país em que Jair Bolsonaro perdeu a eleição no primeiro turno, Flávio Bolsonaro disse acreditar que o tempo de televisão, dividido ao meio no segundo turno, permitirá atingir mais eleitores. A gente vai poder comunicar melhor para aqueles setores que não foram impactados pelas redes sociais.
Bolsonaro atacou o PT, classificando o partido de império do mal e trevas, e disse que a vitória do PSL foi avassaladora, com a eleição de mais de 50 deputados federais e quatro senadores. Ele afirmou que, no segundo turno, não haverá conversas nem alianças formais com outros partidos, apenas convergência de valores contra a candidatura de Fernando Haddad (PT) à presidência.
Flávio disse que a bancada eleita para o próximo Congresso Nacional garante base a Bolsonaro e dificultaria a governabilidade para Haddad, caso este vença o segundo turno das eleições.
Ele afirmou também que o PSL tem direito de questionar os resultados da eleição. Para o deputado, haveria muito mais tranquilidade entre os eleitores se o Tribunal Superior Eleitoral tivesse aprovado o voto impresso, para contangem manual. Problemas não foram pontuais e podem ter sido decisivos, acrescentou Flávio Bolsonaro.
Edição: Nádia Franco – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 69806