O Senado argentino rejeitou o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), apelidado de “decretaço”, proposto pelo presidente Javier Milei em uma votação marcada por tensões políticas. A vice-presidente e presidente do Senado, Victoria Villaruel, desconsiderou os apelos de Milei e colocou a votação em pauta, levando à derrota do governo por 42 votos contra 25, com 4 abstenções. Esta é a segunda derrota do governo de Milei no Congresso argentino, que enfrenta críticas pela priorização do DNU em detrimento de outras medidas para conter a inflação e melhorar a situação econômica do país.
A medida provisória de Milei, com mais de 600 artigos e reformas econômicas controversas, flexibiliza o mercado de trabalho e abre espaço para privatizações. O governo enfrentou resistência da oposição e de setores políticos contrários à proposta, resultando em uma derrota significativa no Senado. A votação do decretaço expôs as divisões políticas no país, com a vice-presidente Villaruel desempenhando um papel crucial na articulação das votações no Congresso, mesmo diante das críticas e tensões com o presidente Milei.
As ações do governo de Milei, desde a implementação do DNU até a rejeição no Senado, refletem um cenário político conturbado na Argentina, marcado por discordâncias e estratégias divergentes entre lideranças. A rejeição do decreto no Senado evidencia a dificuldade do governo em obter apoio para suas propostas e sinaliza desafios futuros na condução da agenda legislativa do país, em meio a preocupações com a inflação e a estabilidade econômica.