A senadora Rita Barberá, que foi prefeita de Valência, na Espanha, por 24 anos com o Partido Popular (PP), morreu nesta quarta-feira em Madri de infarto, dois dias após prestar depoimento na Corte Suprema do país como investigada em um caso de suposto financiamento irregular no partido.
Barberá foi um dos nomes mais relevantes do PP, partido que teve que deixar ao ser citada pela Justiça e acusada de suposta lavagem de dinheiro.
Em sua trajetória, a política ocupou vários cargos: deputada nas Cortes Valencianas (parlamento autônomo, entre 1983 e 2015), prefeita de Valência (1991-2015), e presidente da Federação Espanhola de Municípios e Províncias (1995-2003).
Em julho, Barberá deu um salto à política nacional para se tornar senadora em representação da Comunidade Autônoma de Valência.
Em 13 de setembro deste ano, a Corte Suprema decidiu investigá-la e, um dia depois, Barberá pediu seu desligamento do PP, mas se recusou a entregar seu cargo de senadora porque, segundo ela, isso poderia ser entendido como uma assunção de responsabilidade.
Em 20 de outubro, a Corte Suprema a intimou a comparecer como acusada, o que ela fez no último dia 21 de novembro, para negar o financiamento ilegal no PP valenciano.
O presidente do governo da Espanha e do PP, Mariano Rajoy, lamentou hoje a morte de Barberá e transmitiu a sua família o pesar da direção do partido. Estou muito triste, disse o governante.
As duas câmaras do parlamento espanhol – Congresso e Senado – guardaram hoje um minuto de silêncio pela morte da senadora Rita Barberá. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 21494