O secretário-geral adjunto para as operações de paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, pediu nesta terça-feira (9), em Kinshasa, investigações sobre os autores das ações violentas de 31 de dezembro cometidas na República Democrática do Congo pelas forças de segurança contra civis.
É essencial que as autoridades nacionais competentes realizem as investigações necessárias para estabelecer as responsabilidades e levar à Justiça os supostos autores de violações dos direitos humanos, indicou Lacroix diante do Conselho de Segurança.
O diplomata lamentou os obstáculos ao trabalho dos capacetes azuis naquele dia por parte das forças de segurança da República Democrática do Congo.
Segundo a ONU e a nunciatura apostólica, ao menos cinco pessoas morreram em 31 de dezembro na dispersão de protestos organizados após o chamado de grupos laicos próximos à Igreja, que pediam ao presidente Joseph Kabila que declarasse publicamente que abandonava o poder e que não voltaria a se apresentar.
Kabila não convocou eleições em seu país, apesar de seu segundo mandato ter sido concluído em 20 de dezembro, o que provocou manifestações que terminaram de forma violenta em setembro e dezembro. As eleições para organizar a saída do presidente e sua sucessão estão previstas para 23 de dezembro de 2018.
A situação política é extremamente frágil e a situação da segurança é das mais preocupantes, assinalou Lacroix. O diálogo é a única via para que o país saia da crise, acrescentou, advertindo contra qualquer eventual atraso do calendário eleitoral.
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