O Corpo de Bombeiros conseguiu extinguir o incêndio que atingiu na última quinta-feira (14) um terminal de cargas no Guarujá, na margem esquerda do Porto de Santos. O resultado só foi alcançado depois que a equipe adotou uma nova estratégia para combater as chamas, resultado de reações químicas que também lançaram na atmosfera uma enorme nuvem de fumaça tóxica. Os bombeiros abriram os últimos seis contêineres atingidos pelo fogo e jogaram grandes quantidades de água dentro deles. O método foi eficiente para acabar com o fogo, mas lançou ainda mais gases na atmosfera. Agora, os bombeiros realizam o rescaldo, ou seja, trabalham para garantir que o fogo não recomece. O trânsito na área próxima já foi liberado, mas a fumaça continua saindo dos contêineres.
O fogo e o vazamento de gás começaram, acredita-se, com reações desencadeadas pelo contato da água da chuva com um produto à base de cloro armazenado em contêiner da área da empresa Localfrio. Além do incêndio e explosões, uma grande nuvem tóxica se espalhou por quatro cidades da região (Santos, Guarujá, São Vicente e Praia Grande). Como resultado, pelo menos 138 pessoas precisaram procurar auxílio médico. No local do acidente, 25 contêineres foram atingidos, e a equipe de bombeiros precisou de 23 viaturas, além de um navio e um rebocador que puxasse a água do mar para combatê-lo.
A Marinha brasileira chegou a disponibilizar equipamentos que conseguem identificar os componentes químicos presentes na fumaça, para alertar a população para danos à saúde. Os resultados das medições, contudo, não mostraram risco. O Ministério Público do Guarujá já instaurou um inquérito para identificar quais foram os danos ambientais desencadeados pelo acidente. A apuração pode levar a punições e cobranças à empresa Localfrio. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 746