A Suprema Corte de Justiça da Argentina decidiu nesta terça-feira enviar ao âmbito judicial federal a causa pela morte do promotor Alberto Nisman, informaram fontes judiciais.
A investigação sobre a morte do promotor, que foi achado em janeiro de 2015 em seu apartamento com um tiro na cabeça, estava desde seu início nas mãos de um juizado de instrução ordinária.
Depois, no último mês de março, passou a um tribunal federal, com maiores competências, mas em junho a Câmara Nacional de Cassação Penal da Argentina tinha ordenado que a causa fosse devolvida à Justiça ordinária.
O retorno da investigação ao âmbito federal era reivindicado pelos advogados da família do promotor por considerar que essa esfera judicial é a mais adequada para tramitar o expediente, uma vez que Nisman era um funcionário do Ministério Público Fiscal.
Até agora, a Justiça não conseguir determinar se o promotor foi assassinado ou se suicidou, mas a denúncia no caso assegura que se tratou de um homicídio.
Nisman investigava o atentado contra a associação judaica Amia de Buenos Aires, que deixou 85 mortos em 1994.
Quatro dias antes de ser encontrado morto, o promotor tinha apresentado uma denúncia contra a então presidente, Cristina Kirchner, por suposto acobertamento dos terroristas acusados pelo atentado contra a Amia, que posteriormente foi rejeitada. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 18243