Mais de 30 mil tropas do exército iraquiano começaram nesta segunda-feira (17) uma ofensiva militar para libertar a cidade de Mossul do Estado Islâmico (EI). A informação foi dada a uma emissora estatal iraquiana pelo primeiro-ministro do país, Haidar al Abadi. A hora de vencer chegou e as operações para libertar Mossul começaram, disse o premier.
A investida para reconquistar Mosul é a maior operação militar do Iraque desde que as tropas norte-americanas se retiraram do território em 2011 e, se for realizada com sucesso, será o golpe mais duro ao grupo terrorista até o momento.
Segundo a Al Jazira, nas primeiras quatro horas de ofensiva, as forças curdas dos peshmerga já conquistaram o controle de pelo menos três vilarejos da região. No entanto, elas não entrarão em Mossul, deixando esta tarefa apenas para o exército iraquiano para não aumentar tensões no país, de acordo com Kifah Mahmud Karim, conselheiro do presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano, Massud Barzani.
A operação deve durar provavelmente semanas e talvez ainda mais, explicou o general Stephen Townsend, comandante das forças conjuntas norte-americanas que estão no Iraque para ajudar a libertar Mossul. Esta deve se revelar uma batalha longa e difícil, mas os iraquianos estão preparados e nós estamos com eles, afirmou Townsend. A Organização das Nações Unidas também já falou sobre a ofensiva e se disse extremamente preocupada com os cerca de 1,5 milhão de civis que vivem na cidade.
Segundo o responsável da ONU pelas atividades humanitárias, Stephen OBrien, a instituição teme que milhares [de pessoas] poderão se encontrar sob o cerco das tropas governamentais ou se transformar em escudos humanos nas mãos do Estado Islâmico.
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