O lançamento nacional de mobilização contra o Aedes em Goiás, #MosquitoNão, será nesta sexta-feira, dia 2, às 9 horas, na Praça Maria Sued Borges, na Avenida Senador Péricles, no Setor Negrão de Lima, em Goiânia, com a presença da advogada Geral da União, Grace Mendonça. Na abertura, o superintendente executivo da Secretaria da Saúde de Goiás, Halim Antonio Girade, representará o governador Marconi Perillo.
Na ação serão mobilizados 150 agentes de Saúde, 160 do Corpo de Bombeiros Militar, 90 do Exército e tres pelotões de bombeiros mirins, que irão de casa em casa, no bairro escolhido, em busca de criadouros do mosquito Aedes. Também vão participar autoridades, que farão visitas técnicas para eliminar focos e realizar ação educativa com moradores.
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O dia nacional foi instituído para ampliar a conscientização da comunidade sobre cuidados simples e de rotina que podem impedir a reprodução do mosquito e evitar que a população adoeça de dengue, zika e chikungunya. O evento acontecerá, simultaneamente, em vários estados do País que receberão a visita de ministros. O objetivo é conclamar o engajamento de todos os brasileiros contra o Aedes.
A mobilização também vai realizar mutirões nacionais nos órgãos da administração pública direta e indireta, unidades de saúde e estatais para que dediquem um dia na semana para verificar possíveis focos do mosquito e incentivar outras empresas, associações e a própria população a eliminar o maior número de focos.
Dados epidemiológicos
De acordo com dados epidemiológicos da Secretaria da Saúde de Goiás, houve redução de 18,35% do número de casos de dengue, em comparação ao mesmo período do ano passado, que corresponde aos meses de janeiro a novembro. Foram 147.663 casos notificados e 69.425 confirmados, contra 180.838 notificações e 95.700 confirmações. Sobre os casos de chikungunya, foram 572 casos notificados, sendo apenas 22 confirmados.
Em relação ao zika vírus, até o final de outubro, foram 7930 notificações (5390 confirmações), sendo que 499 foram confirmados em gestantes, onde cada mãe está sendo acompanhada, com consultas e exames periódicos, por meio de monitoramento dos casos de zika. Os casos registrados de microcefalia no Estado somaram 351, entre 23 de novembro de 2015 a 26 de novembro de 2016, sendo 225 recém-nascidos com microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central (SNC), 97 gestantes com doença exantemática e 29 casos de duplicidades ou que não atendem aos critérios do Ministério da Saúde.
Goiás contra o Aedes
O Estado, por meio da ação Goiás contra o Aedes, deflagrada, em dezembro do ano passado, decidiu erradicar o mosquito no território goiano. A força-tarefa tem se despontado nacionalmente pelos resultados alcançados na eliminação manual de criadouros e na drástica redução de índices de infestação, que diminuíram em mais de 90% em outubro.
Por meio desse trabalho, todo o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, presentes em mais de 40 regiões de defesa civil, que cobrem os 246 municípios goianos, somados ao apoio dos municípios e a mobilização de agentes de Saúde e Endemia, tem permitido a realização de mais de 15 milhões de visitas domiciliares em Goiás. Nas ações, cada morador recebe orientação para retirar de sua residência tudo o que possa acumular água parada.
Essas mobilizações são realizadas, simultaneamente, em mais de 60 municípios por semana. “É um trabalho exaustivo, mas que precisa ser feito sistematicamente para erradicar o Aedes do território goiano. Esse é nosso objetivo”, diz o superintendente Executivo da Secretaria de Saúde, Halim Girade. Para o coordenador-geral da operação em Goiás, o coronel bombeiro militar, Múcio dos Santos, a mobilização nacional vem ao encontro do trabalho que tem sido realizado em Goiás. “Não podemos perder essa guerra. Temos que nos unir para vencer o Aedes”, disse.
Panorama nacional
Do início do ano até final setembro, o Ministério da Saúde registrou 1.438.624 casos prováveis de dengue, no País, e apontou que a Região Sudeste notificou o maior número de casos prováveis de dengue (842.741 casos; 58,6%), em relação ao total do País, seguida das regiões Nordeste (317.483; 22,1%), Centro-Oeste (168.498; 11,7%), Sul (72.048; 5,0%) e Norte (37.854 casos; 2,6%).
Sobre zika, foi confirmada, a partir de abril de 2015, a transmissão autóctone por esse vírus no País. Em 2016, até setembro, foram registrados 200.465 casos prováveis de febre pelo vírus zika (taxa de incidência de 98,1 casos/100 mil hab.), distribuídos em 2.288 municípios, tendo sido confirmados 109.596 (54,8%) casos.
Para fazer em casa
-Tampar e manter limpos com água e sabão as caixas d´agua e outros reservatórios;
-Limpar calhas;
-Guardar pneus em locais cobertos ;
-Guardar garrafas, baldes e outros recipientes com a boca virada para baixo;
-Limpar, periodicamente, ralos, canaletas e outros tipos de escoamento de água;
-Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras;
-Colocar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal;
-Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias;
-Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos;
-Manter as piscinas limpas;
-Guardar ou jogar no lixo quaisquer objetos que possam acumular água como tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos;-Caso seja encontrada alguma larva durante a limpeza, elas devem ser jogadas na terra ou no chão seco.
-Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar adequadamente, colocar produtos de limpeza ( sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar, semanalmente, o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 22249