O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu nesta quinta-feira (4) aos países ocidentais que se envolvam mais na guerra da Síria, afirmando que o conflito não pode ser resolvido unicamente com algumas quantas potências estrangeiras.
Além disso, anunciou que convidará 80 dirigentes para celebrar o centenário do fim da I Guerra Mundial, em 11 de novembro, uma ocasião para refletir sobre a organização do mundo.
A declaração do presidente francês coincidiu com os preparativos de Rússia, Turquia e Irã do congresso de diálogo nacional sobre a Síria que será celebrada este mês em Sochi, às margens do mar Negro, uma iniciativa à margem dos diálogos de Genebra, auspiciadas pela ONU.
Macron disse que a comunidade internacional não deveria dar terreno a certas potências que acreditam que só alguns quantos, reconhecendo uma parte da oposição de fora, serão capazes de encontrar uma solução estável e duradoura para a situação na Síria.
Neste contexto, as Nações Unidas, as potências regionais, a Europa e os Estados Unidos têm uma grande responsabilidade, e estou plenamente determinado […] a ter êxito construindo a paz na Síria, afirmou ante o corpo diplomático em Paris.
Na sexta-feira, Macron tem prevista uma reunião com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que apoia os rebeldes que combatem o presidente sírio, Bashar Al Assad, enquanto Moscou e Teerã apoiam o regime sírio.
Macron também afirmou que é preciso impor a paz no Iraque e na Síria urgentemente para evitar qualquer ressurgimento dos ataques extremistas, agora que o grupo jihadista Estado Islâmico foi derrotado militarmente.
Além disso, afirmou que a França tentará iniciar um diálogo com o Irã para controlar sua atividade balística e completar o acordo nuclear iraniano, que o presidente americano, Donald Trump, ameaça denunciar, através de um acordo-marco sobre sua influência regional, julgada expansiva demais do Líbano ao Iêmen, passando pelo Iraque e pela Síria.
Em alusão aos protestos que sacudiram o Irã nos últimos dias, Macron disse que a França continuará vigiando que estes direitos [de liberdade de opinião e de manifestação] sejam plenamente respeitados.
Mas insistiu em que qualquer decisão sobre o futuro do país deverá vir dos próprios iranianos.
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