O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou levemente para cima suas previsões de crescimento para a zona do euro em 2018, nesta terça-feira (17), graças a uma demanda mais alta do que o previsto.
O FMI agora indica um crescimento de 2,4% em 2018 – dois décimos acima de sua previsão de janeiro – e de 2% em 2019 – idêntico ao antecipado em janeiro.
As previsões refletem uma demanda interna mais forte que o previsto no conjunto da união monetária, uma política monetária mais ajustável e a melhoria das perspectivas de demanda externa, detalha o FMI.
O economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, disse que a entidade verificou em 2017 um crescimento impressionante da região, que superou as expectativas.
No entanto, acrescentou que se olharmos para o que aconteceu no primeiro trimestre de 2018, parece haver espaço para expansão, mas não acho que podemos tirar as consequências e deduzir uma tendência geral.
A instituição de Washington considera que esta política monetária favorável tem que seguir até que a inflação aumento de forma duradoura para a meta de 2% fixada pelo Banco Central Europeu (BCE).
O BCE prevê inflação de 1,5% em 2018 e de 1,6% em 2019.
No entanto, Obstfeld evitou expressar sua opinião sobre os próximos passos que o BCE deve tomar.
Em comentários específicos sobre os países do bloco, o economista do FMI destacou que a Espanha deve se concentrar no mercado de trabalho, a Itália na trajetória dos acordos salariais e a Alemanha na desregulamentação gradual dos serviços.
Nesse contexto, Obstfeld pediu à Alemanha para reduzir seus excedentes.
Já observamos que há espaço para investimentos produtivos e mais investimentos privados que levariam a uma redução dos enormes superávits em conta corrente, disse o economista.
O FMI também alerta os bancos para a necessidade de reduzir os empréstimos problemáticos – também conhecidos como NPL – para apagar o legado da crise e concluir o projeto europeu de união bancária.
Por países, o FMI aumentou suas previsões de crescimento em 2018 para a Alemanha (2,5%, +0,2 ponto), França (2,1%, +0,2), Itália (1,5%, +0,1) e Espanha (2,8%, +0,4).
Fora da zona do euro, o FMI também revisa para cima o crescimento do Reino Unido – que deve sair da União Europeia dentro de um ano – para 1,6% (+0,1).
Este crescimento modesto na economia britânica reflete um aumento inesperado das barreiras comerciais e uma queda no investimento estrangeiro direto como resultado do Brexit.
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