A alegria durou pouco, logo após o anuncio na tarde de ontem,20, do Ministro da Saúde Eduardo Pazuello de que o governo acertou a compra de 46 milhões de doses da vacina Chinesa CoronaVac, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou a negociação.
Segundo reportagem do Poder 360 ele teria mandado mensagem a vários ministros em que diz: “Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre Covid-19“.
A questão da vacina se tornou uma briga política entre Bolsonaro, que seria candidato a reeleição e o governador João Dória (PSDB), que seria seu concorrente na disputa pela presidência em 2022.
Ontem o governador goiano, Ronaldo Caiado (DEM) chegou a comemorar a boa notícia da compra da vacina em suas redes sociais, logo após reunião com Pazuello. “Minha gente, apresento a vocês a vacina Butantan-Sinovac contra a Covid-19. Agora, em reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Panzuello, ficou confirmado que até janeiro de 2021 serão adquiridas 46 milhões de doses”, escreveu o governador em sua conta no Twitter.
Caiado complementou a informação afirmando que o total de vacinas que serão adquiridas pelo governo federal chegará a 186 milhões de doses, porque acrescidas de outras duas vacinas em desenvolmento, pelas empresas Astrazeneca e Covax. “Os primeiros a serem imunizados serão os profissionais da saúde e pessoas dos grupos de risco”, afirmou o governador.
Na reunião com governadores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello afirmou que vai incorporar a Coronavac no Programa Nacional de Imunizações, colocando-a assim no cronograma do governo federal. O ministro disse que espera começar a vacinação em janeiro.
Na mesma reunião, a Fiocruz anunciou que a vacina de Oxford, negociada pelo governo federal, começará a ser produzida em fevereiro do próximo ano. Até julho, preveem cerca de 100 milhões de doses. Até dezembro, 210 milhões.
Foto destaque: Marcos Corrêa/PR
Foto interna: Divulgação/Twitter