Cláudia Nunes, do Comitê Estadual de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno, destacou a preocupação com a fome no sistema prisional goiano durante a reunião de trabalhos da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nesta terça-feira, 28.
Segundo ela, há indícios de que a fome esteja sendo utilizada como forma de controle da população carcerária, levando as pessoas presas a buscar psicotrópicos para aguentar a falta de comida, o que pode causar alterações comportamentais. Ainda de acordo com Cláudia, a proibição da doação de alimentos nas festas de final de ano pelo diretor-presidente da Agência Goiana de Administração Penitenciária (AGAP), após uma audiência pública com familiares dos presos, ilustra a crueldade do sistema prisional.
Ela destacou a necessidade de investigação e de acesso ao sistema para informar sobre as violações dos direitos humanos em Goiás e propôs a criação de um grupo de trabalho para unificar as iniciativas em prol da população carcerária.