África do Sul acusa Israel de mostrar intenção genocida em Gaza
Text: Durante a primeira audiência do processo na Corte Internacional de Justiça, em Haia, um dos advogados que representa a África do Sul no caso contra Israel sobre genocídio em Gaza fez uma declaração impactante. Ele alegou que líderes políticos de Israel, comandantes militares e pessoas ocupando posições oficiais têm sistematicamente expressado, de forma explícita, sua intenção genocida. Segundo o advogado, essas declarações são repetidas por soldados em Gaza enquanto estão envolvidos na destruição de palestinos e da infraestrutura da região.
A acusação da África do Sul é baseada na crença de que a intenção genocida de Israel não se limita à ala militar do Hamas, mas se estende à vida palestina em Gaza como um todo. O advogado citou um discurso do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu antes do lançamento de uma ofensiva terrestre em Gaza, onde Netanyahu fez referência a uma ordem bíblica de Deus a Saul para a destruição dos amalequitas, incluindo homens, mulheres, crianças, gado e ovelhas. Além disso, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, teria declarado que Gaza seria submetida a um cerco completo, com falta de eletricidade, comida, água e combustível, afirmando que Israel estava “lutando contra animais humanos.”
Essas alegações marcantes surgiram no contexto de um processo na Corte Internacional de Justiça, onde a África do Sul acusa Israel de genocídio em Gaza. O caso levanta questões profundas sobre os eventos na região e a interpretação das declarações e ações de líderes israelenses em relação à população palestina em Gaza.