13 pessoas, incluindo os dois sócios, dois gerentes, o advogado da clínica e sete médicos veterinários, foram denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por maus-tratos contra animais, estelionato, descarte irregular de lixo infectante e venda de medicamentos proibidos, vencidos e com embalagens adulteradas.
As investigações começaram em 2019, após denúncia de um tutor que suspeitou de irregularidades na clínica. Segundo a denúncia, os profissionais retiravam sangue de animais levados para banho e tosa sem autorização dos tutores, com o objetivo de vender. Eles também demoravam para comunicar sobre a morte do animal para estender o período de internação e congelavam os animais e depois descongelavam para simular que o mesmo acabara de morrer.
Ainda conforme a denúncia, os veterinários também simulavam procedimentos em animais já mortos, prescreviam medicamentos desnecessários e utilizavam medicações proibidas e vencidas.
O MPMG pediu que os réus sejam condenados a pagar indenização pelos danos causados, percam os produtos do crime, tenham os direitos políticos suspensos e a perda de patrimônio da clínica. Também foi solicitado o bloqueio de contas e dos bens de todos os denunciados, além da interdição da clínica e a proibição de que os sócios se tornem proprietários de empresas que tenham a finalidade de tratamento veterinário.
A clínica Animed foi fechada em 2020, um ano após o início das investigações.