O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu formalmente o Parlamento e anunciou a antecipação das eleições legislativas para 10 de março de 2024. Essa decisão ocorre após a demissão do primeiro-ministro socialista, António Costa, no início de novembro de 2023, em meio a um escândalo de tráfico de influência. A crise política foi desencadeada por uma série de prisões e buscas que levaram ao indiciamento do chefe de gabinete de Costa e de seu ministro de Infraestruturas. O presidente português tomou essa medida através de um decreto publicado nesta segunda-feira (15).
Os principais partidos políticos do país estão se preparando para as eleições que ocorrerão dentro de oito semanas. O Partido Socialista português, que atualmente lidera as pesquisas de intenção de voto sem obter maioria absoluta, nomeou Pedro Nuno Santos como novo secretário-geral. Enquanto isso, o Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, liderado por Luís Montenegro, assinou um acordo de coligação com duas pequenas formações de direita, incluindo o CDS-PP. O partido de extrema direita Chega, que se tornou a terceira força política nas eleições legislativas de janeiro de 2022, lançou sua campanha eleitoral após realizar seu congresso recentemente, no norte do país.
A antecipação das eleições legislativas em Portugal reflete a turbulência política desencadeada pela crise que resultou na demissão do primeiro-ministro. Com a dissolução do Parlamento, os partidos políticos se preparam para uma intensa campanha eleitoral e buscam conquistar o apoio dos eleitores. A nomeação de novos líderes e a formação de alianças são estratégias adotadas pelos principais partidos em busca de uma vantagem nas urnas. O país estará atento ao desdobramento desse processo eleitoral, que definirá o futuro político de Portugal nos próximos anos.