Agricultores franceses realizaram bloqueios em estradas por todo o país em protesto contra medidas consideradas excessivas impostas pelo governo e os baixos preços dos alimentos. O setor afirma que não é remunerado de maneira suficiente e que enfrenta regulamentações rigorosas em relação à proteção ambiental. Apesar das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Gabriel Attal para reduzir as pressões financeiras e administrativas, os agricultores continuam insatisfeitos e mantêm os bloqueios, afetando o tráfego em estradas importantes, como a que liga Paris à Bélgica.
Os sindicatos agrícolas escolheram interditar estradas em Paris e nas proximidades, com o objetivo de aumentar a pressão sobre o governo. Os protestos incluem o uso de barricadas e até mesmo a queima de lixo para chamar a atenção da população. O maior sindicato agrícola da França, a FNSEA, afirmou que manterá os protestos e que muitos manifestantes continuarão bloqueando rodovias em todo o país. Os atos também estão afetando o trânsito para aqueles que tentam entrar na França pela Espanha.
Esses protestos dos agricultores franceses refletem uma insatisfação generalizada em relação às políticas governamentais e à situação econômica do setor agrícola. A França, como o maior produtor agrícola da União Europeia, enfrenta desafios semelhantes em outros países do grupo, como Alemanha e Polônia. Os agricultores reivindicam melhores condições de trabalho, remuneração justa e uma redução das restrições ambientais. O impasse entre o governo e os agricultores continua, com repercussões significativas no tráfego e na economia do país.