A atual direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está sendo acusada pela Polícia Federal (PF) de obstrução de justiça durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede da agência. Segundo agentes da PF, eles foram questionados sobre a extensão dos mandados e tiveram dificuldades para acessar os documentos relacionados à chamada “Abin paralela”, que supostamente realizava espionagem ilegal. Diante do impasse, a PF teve que acionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para obter um novo despacho que permitisse o acesso aos dados necessários para a investigação.
A PF está trabalhando em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), sob o comando do ministro Vinicius Carvalho. O STF autorizou a CGU a ter acesso ao material da investigação, o que tem permitido à PF aprofundar as apurações sobre a “Abin paralela”. Diante desses acontecimentos, o governo Lula está avaliando a demissão da cúpula da Abin. Enquanto alguns ministros do STF e investigadores da PF consideram a situação do chefe da Abin, Luiz Fernando Correa, insustentável, a ala do governo liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ainda tenta mantê-lo no cargo. A decisão final sobre o destino do número 1 da agência ainda não foi tomada pelo presidente Lula.
Summary: Polícia Federal acusa a direção da Abin de obstrução de justiça durante busca por documentos relacionados à “Abin paralela”. Agentes da PF foram questionados sobre a extensão dos mandados e tiveram dificuldades para acessar os documentos necessários. A PF precisou acionar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, para obter um novo despacho que permitisse o acesso aos dados. O governo Lula está avaliando a demissão da cúpula da Abin, enquanto ministros do STF e investigadores da PF consideram a situação do chefe da agência insustentável. A PF trabalha em conjunto com a CGU para aprofundar as investigações sobre a “Abin paralela”.