O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social anunciou que, ao longo de 2023, foram excluídas do Cadastro Único do governo federal mais de 600 mil pessoas que já haviam falecido há mais de um ano. O Cadastro Único, conhecido como CadÚnico, é a porta de entrada para diversos programas sociais do governo, incluindo o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Tarifa Social de Energia Elétrica. Surpreendentemente, 21 pessoas continuaram recebendo pagamentos do Bolsa Família mesmo após suas mortes, embora o valor desses pagamentos não tenha sido informado pelo ministério.
O governo iniciou a revisão cadastral dos programas sociais em março do ano passado, devido ao aumento de beneficiários em 2022, um ano eleitoral, e a indícios de irregularidades, com benefícios pagos a pessoas que não atendiam aos critérios exigidos. A revisão tem como objetivo evitar que pessoas recebam benefícios de forma irregular e garantir que os recursos sejam destinados às pessoas que realmente precisam. Além das pessoas falecidas, ao longo do ano passado, mais de 1,7 milhão de famílias unipessoais foram excluídas do programa. A meta para 2024 é atualizar o cadastro de cerca de 7 milhões de beneficiários, tendo como critérios as informações desatualizadas, inconsistências na renda e composição familiar declaradas, além de divergências nas informações fornecidas ao CadÚnico.