Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios revelou que a maioria das prefeituras brasileiras não está preparada para lidar com eventos climáticos extremos. Dos 3.590 municípios pesquisados, 68% afirmaram não estar preparados para o aumento desses eventos. A falta de planos de mitigação e adaptação, recursos e profissionais dedicados ao monitoramento diário das áreas de risco são alguns dos desafios apontados.
O Brasil enfrenta um cenário preocupante, com um aumento significativo de mortes causadas por desastres naturais ao longo das últimas décadas. Entre 1991 e 2022, foram registradas 4.728 mortes, com um aumento de 326% entre 2021 e 2022. As chuvas foram responsáveis pela maioria das mortes, com enxurradas, inundações e deslizamentos de solo sendo as principais causas. O estado do Rio Grande do Sul vive atualmente a maior tragédia causada por desastres naturais, com 39 mortes e 68 desaparecidos.
Diante da situação de calamidade, o governo federal reconheceu o estado de calamidade no Rio Grande do Sul e enviou a Força Nacional para auxiliar nas operações de resgate e assistência às vítimas. Os temporais intensos no estado são atribuídos a fenômenos climáticos agravados pelas mudanças climáticas, como correntes intensas de vento e um corredor de umidade vindo da Amazônia. A previsão é de mais chuvas intensas, o que reforça a urgência de medidas eficazes de prevenção e resposta a desastres naturais.