As intensas chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul resultaram em uma tragédia climática sem precedentes, com 55 mortes confirmadas e sete em investigação até o momento. A tempestade, que teve início em 26 de abril e se intensificou a partir do dia 29, afetou diversas regiões do estado, com os vales dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos, Gravataí e o Guaíba, em Porto Alegre, sendo as áreas mais atingidas. Com mais de 10 mil pessoas resgatadas e comunidades inteiras ilhadas, a enchente foi considerada a maior da história do Rio Grande do Sul, deixando um cenário de destruição e desespero.
A cronologia da tragédia se desdobrou ao longo dos dias, com impactos devastadores. Desde o primeiro temporal em 27 de abril, que causou estragos em municípios como Santa Cruz do Sul, até o caos em Porto Alegre no dia 3 de maio, quando o número de mortes chegou a 39 e o Rio Guaíba ultrapassou recordes de altura. Pontes foram destruídas, casas arrastadas pela força das águas, e a cidade enfrentou inundações históricas, levando à evacuação de comunidades e à interdição de locais como o Aeroporto Internacional Salgado Filho.
O estado de calamidade pública foi decretado devido à magnitude da tragédia, com a contagem final de 55 mortos confirmados e um cenário de devastação generalizada. Uma explosão em um posto de combustíveis, o fechamento do aeroporto, a suspensão de viagens rodoviárias e o desabamento de uma ponte em Feliz foram apenas alguns dos episódios que marcaram a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul. As operações de resgate e assistência às vítimas continuam em meio ao desafio de lidar com as consequências desse desastre natural sem precedentes.