O advogado do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou que seu cliente não recorda com quem conversava ao fazer críticas à Polícia Federal e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Os áudios do desabafo, revelados pela revista Veja, levaram Cid de volta à prisão em março, mas o ministro Moraes concedeu-lhe liberdade provisória nesta sexta-feira. Cid está arrependido e terá que seguir restrições como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de se comunicar com outros investigados.
Na decisão de conceder a liberdade provisória, o ministro Moraes manteve integralmente a delação premiada de Mauro Cid, destacando a regularidade e voluntariedade da colaboração. Apesar da gravidade das críticas feitas nos áudios, Cid confirmou o conteúdo da delação em novo depoimento à Justiça, alegando que as gravações foram apenas um desabafo. O militar terá que cumprir medidas cautelares como recolhimento domiciliar noturno, uso de tornozeleira eletrônica e proibição de sair do país, além da suspensão do uso de redes sociais e comunicação com outros investigados.
As restrições impostas a Mauro Cid incluem a proibição de ausentar-se da comarca, recolhimento domiciliar nos finais de semana, apresentação periódica ao juiz, entrega de passaportes, cancelamento dos documentos, suspensão do porte de armas de fogo e certificados de colecionamento, tiro desportivo e caça, bem como a proibição de utilizar redes sociais. Apesar das críticas feitas em áudios anteriores, Cid confirmou a delação e alegou desabafo, o que levou à concessão da liberdade provisória pelo ministro Alexandre de Moraes.