O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, teve sua liberdade provisória concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após um desabafo revelado pela revista Veja. Nas gravações, Cid criticou a Polícia Federal e o ministro do STF Alexandre de Moraes, alegando pressões durante depoimentos de colaboração premiada. Após a divulgação dos áudios, Cid voltou à prisão em março, sendo posteriormente liberado nesta sexta-feira.
O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que seu cliente não sabia com quem estava falando no momento do desabafo, destacando que Cid, ao receber liberdade, passou a receber e fazer diversas ligações, tornando difícil identificar com quem havia dialogado. Nas gravações, o ex-ajudante de ordens quebrou o sigilo da delação e expressou descontentamento com a suposta narrativa pronta da Polícia Federal e de Alexandre de Moraes, afirmando que colaborar com as investigações era uma questão de evitar uma longa pena de prisão.
Nos áudios, o tenente-coronel também mencionou que sua carreira militar foi prejudicada e comparou sua situação financeira desfavorável com a suposta prosperidade de outros envolvidos. Ele alegou que, se não colaborasse, poderia ser condenado a mais de 30 anos de prisão, enfatizando o impacto negativo em sua vida profissional e financeira. A liberdade provisória concedida a Cid marca um novo capítulo nesse caso envolvendo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.