O Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira, defendeu o aumento no limite de emissão de títulos de dívida pública no exterior durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O governo solicitou um acréscimo de US$ 50 bilhões, porém a CAE aprovou um valor menor, fixando-o em US$ 25 bilhões. Essas emissões, que visam promover a sustentabilidade ambiental e social, têm sido utilizadas como referência para empresas brasileiras captarem recursos no exterior, impactando positivamente a economia do país.
As novas emissões de títulos sustentáveis, iniciadas em 2023 pelo Tesouro Nacional, representam um compromisso da União em destinar recursos para projetos selecionados com base em regras pré-definidas. Além de fomentar investimentos internacionais no Brasil, essas emissões contribuem para a manutenção de uma boa referência no mercado corporativo, permitindo que empresas brasileiras também realizem emissões sustentáveis a custos competitivos no exterior. A renovação dessas emissões é essencial para estimular a economia e garantir financiamentos para projetos relevantes.
Apesar do crescimento da dívida pública e dos desafios fiscais enfrentados pelo governo, as emissões de títulos no exterior não prejudicarão o cenário atual, conforme afirmou Ceron. As emissões visam ajustar a oferta de títulos e antecipar o financiamento dos que vencerão, sem comprometer a estabilidade da dívida pública. O debate em torno do limite de emissão reflete a busca por equilíbrio entre o incentivo a investimentos internacionais e a necessidade de controle fiscal, em meio a um cenário de desafios econômicos e fiscais no Brasil.