As medidas são urgentes, necessárias e inadiáveis. Esse é o resumo da opinião dos deputados estaduais da base do governador Marconi, que hoje de manhã tomaram conhecimento dos termos do projeto que o governo envia ao Legislativo, visando aprofundar o corte de gastos no Estado. A reunião durou cerca duas hora e meia e contou com a participação do vice-governador José Eliton, do presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, e dos secretários Ana Carla Abrão (Fazenda), João Furtado (Casa Civil), Joaquim Mesquita (Gestão e Planejamento), Tayrone Di Martino (Governo), Alexandre Tocantins (Procuradoria-Geral do Estado) e Manoel Xavier (Detran).
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, José Vitti (PSDB), avaliou, na saída da reunião, que as medidas trazem impacto, mas os deputados devem ter responsabilidade com a governabilidade do Estado. Segundo Vitti, ficou claro na reunião que se as medidas não forem adotadas neste momento, não há dúvida de que num curto espaço de tempo, “o colapso com certeza chegará”. Para o líder do Governo, é preciso entender que o Estado precisa se preocupar com os 6 milhões e 700 mil goianos e não apenas com 150 mil servidores públicos.
Na avaliação do presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, deputado Talles Barreto, ressaltou que as medidas estão sendo tomadas por todos os estados da Federação e são “precauções importantes para que amanhã Goiás tenha um andamento normal”. Talles assinalou que os deputados estaduais da base estão preparados para fazer a defesa das medidas na Casa.
“Ou faz ou vira o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul”, avaliou o deputado Manoel de Oliveira. De acordo com ele, “o Brasil está quebrado e alguém precisa fazer alguma coisa”. Ele disse ainda que quando tem uma crise, o dinheiro está curto, se não cuidar, passa fome. “O futuro será perigosíssimo se você não cuidar dele agora”, arrematou.
Para o deputado Lissauer Vieira, de Rio Verde, a situação dos estados é de “falência”. “A gente sabe que é difícil, é doído, mas são necessárias”, afirmou. Na visão do deputado Jean Carlo, as medidas são imprescindíveis para manter a “ordem econômica”. Segundo ele, as medidas são adequadas para o momento, porque se não forem adotadas, “o estado quebra”.
A mesma percepção tem o deputado Francisco Oliveira, para quem as medidas são importantes para impactar positivamente nas contas do Estado e na boa relação de Goiás com o governo federal. “A bancada votará unida por entender que as medidas são importantes para garantir que a economia de Goiás continue a ser uma das mais sólidas do País”, sustentou. O deputado Lincoln Tejota considerou as medidas “fundamentais”, porque visam beneficiar o conjunto da população e não apenas uma parcela.
O deputado Diego Sorgatto avaliou que as medidas precisam ser tomadas para a “saúde econômica do Tesouro estadual”. Com o aprofundamento dos cortes, sustenta, é possível evitar que Goiás chegue a um estado de calamidade pública, como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Para o deputado Virmondes Cruvinel, o momento em que passa hoje o País exige, dos gestores públicos, “foco, planejamento e pensamento de futuro”. Para isso, avalia, é importante que haja um “diálogo permanente” dos estados com o governo federal. “Aqui em Goiás observamos isso também. O governo tem procurado fazer isso ao longo dos anos, um ajuste fiscal, mas com planejamento e pensando principalmente no desenvolvimento do estado, na movimentação e no fortalecimento da economia, na geração de emprego e no aumento inclusive do PIB”, afirmou.
Na avaliação da deputada Eliane Pinheiro, a medidas são “extremamente necessárias” e o ambiente entre os deputados é de “total apoio ao governador”. Ela diz ter certeza de que todos os deputados estarão ao lado do governo neste “momento difícil, mas cujas medidas são fundamentais para o Estado”. Também o deputado Lucas Calil ressaltou que Goiás vem se antecipando à crise em função da visão estratégica do governador, que não tem medido esforços nessa hora em que o estado enfrenta os reflexos da crise nacional.
Na reunião, o governador pediu apoio da base para defesa do projeto, que faz parte de um compromisso nacional assumido pelos estados, junto ao governo federal, para equilibrar as contas do País. Nos últimos dias, Marconi dedicou boa parte de sua agenda para a construção de um consenso entre os Poderes, que permita a votação das medidas pelos deputados estaduais ainda deste ano. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 22646