Uma operação da Polícia Federal, realizada nesta quinta-feira (8), teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, em uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado. A ação resultou no cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. A imprensa internacional destacou amplamente o ocorrido, ressaltando que Bolsonaro é acusado de supervisionar uma conspiração para se manter no poder, mesmo após as eleições de 2022. O jornal New York Times divulgou acusações de que Bolsonaro teria editado pessoalmente um documento para prender um ministro do Supremo Tribunal Federal.
A operação da Polícia Federal revelou que Bolsonaro, ex-ministros e militares se dividiram em seis núcleos para articular o golpe de Estado. A investigação apontou que o ex-presidente teria solicitado alterações em uma minuta que previa a prisão de autoridades, incluindo um ministro do STF, o presidente do Senado e o próprio presidente do TSE, além da convocação de novas eleições. A PF também encontrou evidências de trocas de mensagens e um vídeo em que Bolsonaro e seus assessores compartilham discursos golpistas, além de disseminação de fake news. A ação resultou em quatro prisões, incluindo o ex-assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins, e o coronel da reserva Marcelo Câmara.
A imprensa internacional destacou a gravidade da situação, com o jornal Le Monde classificando Bolsonaro como um ex-presidente de extrema-direita. O Washington Post mencionou que Bolsonaro falsificou sua vacinação contra a Covid-19 em 2021, de acordo com investigações da Controladoria Geral da União. A operação da Polícia Federal também teve repercussão no Reino Unido, com a BBC mencionando que Bolsonaro teve que entregar seu passaporte e acusou a ação policial de motivação política. Esses acontecimentos representam um marco importante na política brasileira e despertam preocupação sobre a estabilidade democrática do país.