A ativista de direitos humanos venezuelana Rocío San Miguel foi presa sob acusações de conspiração contra o presidente Nicolás Maduro, em meio a um contexto de intensificação da perseguição política a opositores durante o ano eleitoral. O caso de San Miguel não está isolado, com 36 opositores conhecidos ao governo venezuelano já detidos somente este ano, segundo a ONG Provea. Além disso, a proibição de funcionários do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos atuarem na Venezuela e a desqualificação da candidata opositora María Corina Machado sinalizam um retrocesso no cenário político do país.
A operação Brazalete Blanco, ligada ao caso de Rocío San Miguel, aponta para uma suposta conspiração contra a vida de Nicolás Maduro e outros altos funcionários. Ações recentes, como a inabilitação de Machado para cargos públicos por 15 anos e a prisão de membros de seu partido, Vente Venezuela, destacam a crescente intensificação do conflito político no país sul-americano. Enquanto defensores dos direitos humanos expressam preocupação com o recrudescimento da repressão e seu impacto nas eleições presidenciais previstas, líderes do chavismo acusam as ONGs de participarem de conspirações financiadas pelos EUA.
O clima de perseguição política na Venezuela ganha destaque em meio a um cenário de preparação para eleições presidenciais e negociações entre o governo de Maduro e a oposição. A detenção de ativistas, como Rocío San Miguel, e a restrição de liberdades individuais de opositores levantam preocupações sobre a garantia de um processo eleitoral justo e livre no país. As ações do governo venezuelano, juntamente com as reações internacionais e as acusações mútuas entre as partes envolvidas, delineiam um panorama de crescente tensão política no país.